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Quanto custa um negócio na internet

Notícias | 03.07.2008
A variável custo é fundamental para a análise de qualquer empreendimento. No caso do comércio eletrônico, alguns de fatores de custo que normalmente não ocorrem no comércio tradicional, ou ocorrem em menor escala, são os seguintes:

Implantação e manutenção da loja virtual. De forma simplificada, pode-se dizer que a loja virtual consiste em um conjunto de sistemas que possibilitam a realização de pedidos diretamente pelos clientes e o gerenciamento de todos os processos do negócio, como  divulgação,  promoção,  venda e entrega. Pode-se contratar um desenvolvedor para montar uma nova loja sob medida, mas a tendência verificada no mercado é a contratação de um fornecedor que já tenha a solução pronta e testada para centenas ou até milhares de clientes, fazendo-se apenas a customização de  acordo com a necessidade específica de cada cliente. Existem diversas faixas de custo que variam conforme o grau de flexibilidade da solução e a variedade de funções disponibilizadas pela loja virtual. Pode-se partir de uma solução básica, como a oferecida pela OmniBrasilShop, com um investimento de aproximadamente R$ 2,5 mil e cerca de 60 reais ao mês de manutenção e hospedagem. Já uma solução intermediária, como a oferecida pela CiaShop, que possibilita maior customização, além de interessantes recursos mercadológicos como sistemas de promoções, mala-direta, programa de afiliados, entre outros, custa algo ao redor de R$ 4 mil e cerca de R$ 400 ao mês. Na faixa mais alta, normalmente voltada para empresas de médio ou grande porte que delegam totalmente a realização e o gerenciamento do comércio eletrônico (inclusive a operação logística), há empresas como a Escalena, que, a um custo a partir de R$6 mil/mês, funciona como um braço de vendas de seus clientes na Internet, de forma totalmente terceirizada. Como já existem no mercado bons fornecedores para as diferentes faixas de negócio, é importante que o empreendedor saiba do que efetivamente necessita em termos de recursos e, a partir daí, compare custos entre as empresas que atendam a sua  necessidade específica. Uma grande vantagem do comércio eletrônico, em relação ao comércio tradicional, é a possibilidade de iniciar o negócio com uma solução de menor custo e evoluir para plataformas mais sofisticadas, à medida que haja um aumento do volume de transações, diminuindo, assim, o risco financeiro do empreendimento.

Custo da entrega de mercadorias. Boa parte das lojas tradicionais não precisa se preocupar com a entrega da mercadoria, uma vez que o próprio cliente se encarrega de levar a sua compra. Para os negócios na Internet, no entanto, o processo de embalar, despachar e colocar a mercadoria na mão do cliente, com segurança e no prazo contratado, é uma rotina de importância estratégica. O custo de entrega está diretamente relacionado às características do produto, como peso, dimensão e perecividade, podendo variar imensamente. O maior prestador desse serviço, no Brasil, são os Correios, que possuem grande capilaridade no território nacional, mas novas empresas estão entrando nesse mercado e a tendência, com o aumento da concorrência, é a melhora nos custos. Atualmente, a compra de um livro de tamanho normal e preço de R$ 24 no Submarino.com tem uma despesa de frete de R$ 7,40 para a cidade de Birigui, no interior de São Paulo, e R$ 15,40 para a cidade de Manaus, ou seja, nestes dois casos, o frete representa respectivamente, 30% e 63% do valor do produto. Esse fator de custo afeta principalmente as lojas virtuais que trabalham com produtos de baixo valor unitário.

Custo financeiro. No comércio eletrônico, a quase totalidade das transações envolve o recebimento por meio de boleto bancário ou cartão. O custo para cada boleto pago no banco gira em torno de 2 reais, o que torna esse meio relativamente oneroso para produtos de baixo valor. Para receber por meio de cartão de crédito, a loja paga uma taxa mensal ao redor de 50 reais mais 4,5% do valor de cada transação, o que mostra que o famoso “custo-Brasil” também se faz presente no Comércio Eletrônico. A despeito disso, a boa notícia é que o varejo on-line fechou o primeiro semestre do ano com um estupendo crescimento de 79% em relação ao mesmo semestre do ano passado.

Fonte: Dailton Felipini
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